Em parceria com os projetos Aquamar, Programa de extensão interdisciplinar de preservação do oceano – Ocean Care da Universidade federal do Reconcavo da Bahia – UFRB e ACEB que se deu pelo projeto ciência cidadã para criação de uma banco de dados com avistamentos encaminhados por aplicativo de mensagem ou por e-mail, a parceria evoluiu para o PBS (Projeto Baleias Soteropolitanas).
Conheça um pouco sobre as justificativas do Projeto:
Por que proteger as baleias?
Primeiramente, as baleias acumulam grande quantidade de carbono. Um estudo desenvolvido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) demonstra que esses animais são capazes de armazenar 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono por ano, número muito acima das emissões do gás no Brasil, o que significa que eles ajudam a controlar o aquecimento global.
As baleias são espécies-chaves porque, quando retiradas de um ecossistema, diversas outras espécies deixam de existir. Elas são predadores de topo de cadeia: geralmente não são predadas por outros animais e se alimentam de uma grande variedade de espécies, controlando as populações e evitando que a biodiversidade seja afetada.
As fezes das baleias são ricas em nutrientes, incluindo Fe e N², necessários para o plâncton sobreviver. O fitoplâncton produz oxigênio através da fotossíntese, sendo responsável por capturar cerca de 40% de todo o CO² produzido no mundo! Por isso é tão importante que existam propostas e ações que estimulem a conservação dessas espécies.
As baleias apresentam um ciclo longo de reprodução. As jubartes (Megaptera novaeangliae), por exemplo, têm um filho por ano, enquanto as francas (Eubalaena australis) têm um filhote a cada três anos. Como as populações apresentam um crescimento lento, torna-se difícil restabelecer o equilíbrio rápido no ecossistema após algum evento como a caça excessiva.
O relatório emitido pelo FMI demonstra a importante ligação desses animais com as funções ecológicas e com os outros seres do planeta Terra. Apesar disso, os números populacionais das baleias preocupam,
Ao compreender o papel ecológico desses grandes mamíferos do mar e sua função como espécie-chave, torna-se muito clara a necessidade de implementação de ações de conservação das espécies, que busquem aumentar a população de baleias. Nosso desejo é que os ecossistemas marinhos possam manter-se equilibrados e com sua biodiversidade proporcionalmente adequada.
Texto adaptado de um artigo publicado no site Bióticos.